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Psicoterapia: entenda como funciona e qual a importância dela

 

O que significa psicoterapia?

 

As psicoterapias, também chamadas simplesmente de terapias, podem ser entendidas como um processo de “treinamento de habilidades psicológicas”. Um determinado paciente pode procurar uma psicoterapia com uma finalidade de entender e lidar melhor com um problema psíquico já existente (por exemplo: ansiedade e depressão). Ou simplesmente deseja ter mais instrumentos comportamentais que permitam enfrentamento de situações adversas, mesmo nas situações onde não há qualquer patologia presente. Assim, a terapia destina-se a fornecer aos indivíduos instrumentos de entendimento e melhor manejo de suas demandas psicológicas.

 

Quando utilizamos o termo psicoterapia, não estamos falando apenas de um tipo de intervenção, pois terapia é um conceito amplo e engloba inúmeras formas de melhorar a saúde mental. Apenas para citar algumas das mais importantes e reconhecidas formas de psicoterapia: análise do comportamento; gestalt; psicanálise;  psicodrama;  terapia cognitivo-comportamental. Mesmo dentro destes tipos de psicoterapia existem também subtipos de intervenções com determinadas particularidade. Por isto, de agora em diante, vou utilizar o termo no plural (psicoterapias) para me referir a estes processos. 

 

Como se adaptar às psicoterapias?

 

É comum na prática clínicas alguns pacientes dizerem a seguinte frase: “não gosto de terapia”. Habitualmente são pacientes que passaram por um ou dois processos psicoterapêuticos, com poucas consultas (chamamos de “sessões” no caso de terapia), e – por algum motivo – não apreciaram o processo ou o terapeuta em si. Quanto a isto, o entendimento de três pontos é fundamental para o paciente que busca psicoterapias:

 

  1. Por vezes, algumas sessões são necessárias para estabelecer uma certa empatia com o terapeuta e conhecer a forma de terapia. Não existe um número mágico de sessões para criar este vínculo, mas talvez algo em torno de quatro sessões seja suficiente para perceber estas nuances descritas;
  2. Uma vez que existem inúmeros tipos de psicoterapias, sempre é válido ter abertura suficiente para conhecer outras modalidades terapêuticas, quando não houver adaptação a uma. Expressar emoções para um novo terapeuta pode ser difícil, mas buscar esta ressonância é fundamental. Segundo Lambert (1986), cerca de 30% dos resultados das psicoterapias devem-se a fatores não ligados à técnica específica, mas sim a fatores como empatia/apoio.
  3. Alguns tipos de psicoterapias podem ter resultados rápidos, mas é necessária a compreensão de que é um processo de aprendizado contínuo. Mudar padrões antigos de funcionamentos mental às vezes pode demorar mais que o esperado. Também demanda esforço também por parte do paciente. Gosto de citar a analogia entre a psicoterapia e um curso de língua estrangeira. Em ambas as situações é preciso treinar continuamente para adquirir uma nova habilidade e o esforço do “aluno” é fundamental para o sucesso.

 

Terapia serve? Como?

 

Um estudo em 2014, publicado na prestigiosa revista JAMA Psychiatry, investigou de forma ampla a eficácia das psicoterapias. Foi demonstrado de forma contundente o resultado positivo das psicoterapias para transtornos mentais em geral. O resultado da terapia foi pelo menos igual ao dos medicamentos. O estudo levantou uma dúvida se as terapia não seriam até mesmo superiores aos fármacos, mas a hipótese não foi plenamente confirmada. 

 

Não existe um mecanismo único pelo qual uma terapia funciona. Um paciente pode melhorar por questões mais inespecíficas, , como sentir-se acolhido e tomando parte em uma relação emocionalmente saudável. Pode ainda melhorar por questões mais técnicas, específicas, de caráter neurobioquímico. Por exemplo, o nosso cérebro é capaz de se modificar através da formação de novas conexões entre os neurônios. Este conceito é chamado pela ciência de neuroplasticidade e a psicoterapia permite esta promoção de novas vias de comunicação no nosso cérebro. A partir desta capacidade podemos moldar novas formas de pensar  e novos comportamentos para atingir uma melhoria na saúde mental.

 

Com quem fazer psicoterapia?

 

Muitas pessoas acreditam que apenas o psicólogo pode ser psicoterapeuta, o que não é verdade. Apesar de ser um profissional bastante capacitado para a psicoterapia, existem outros profissionais que também podem atuar como terapeutas (por exemplo, o psiquiatra). O ideal é que, qualquer pessoa que ofereça psicoterapia, tenha uma formação específica naquela dada terapia que está oferecendo. Normalmente são cursos longos de formação ou pós-graduações, que habilitam o terapeuta a trabalhar com a expertise necessária naquela modalidade. Na maior parte das linhas terapêuticas os profissionais aceitos são psicólogos e psiquiatras. 

 

O Dr. Igor Emanuel é médico psiquiatra em Fortaleza e também faz psicoterapia. Tem pós-graduação em Terapia Cognitivo-comportamental pela PUC – RS. Também fez Formação Básica em Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness pelo Oxford Mindfulness Centre. Acesse o link para conhecer mais do trabalho dele ou marcar uma consulta.

 

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