fbpx

Depressão pós-parto: como enfrentar e superar

A mãe direciona o olhar para o filho recém-nascido e a imagem do pequeno vagueia indefinida pela mente: sem cor, sem calor, sem vida; os sentimentos maternais esperados inexistem, sendo incapazes de despertar o afeto e a empatia por aquele frágil ser. O antes esperado bebê torna-se agora, no período do pós-parto, um estrangeiro à configuração familiar prévia. Noites insones embaladas pelo interminável choro infantil. A mamada dolorosa que a nutriz não consegue prover. A sobrecarga física e mental aparenta ser perene e traz a certeza de que o júbilo da maternidade transformou-se inadvertidamente em sofrimento lancinante.

 

Parece antinatural esse conjunto de vivências no período do pós-parto, mas se trata de um problema de grandes proporções e que afeta no nosso meio entre 10% a 15% das mulheres que acabam de ter bebê. É a depressão pós-parto, um subtipo de depressão iniciada até quatro semanas após o término da gestação. Os sintomas habituais são: humor intensamente entristecido, perda do prazer pelas atividades habituais, alterações do sono e do apetite, pensamentos de incapacidade quanto à maternidade, sentimento de rejeição e desconexão em relação ao bebê. Nos casos mais graves, podem ocorrer ideias e ações suicidas.

 

Além do imenso sofrimento causado, sabe-se que mães com depressão pós-parto ficam mais desconectadas dos companheiros e de toda a rede social de apoio. Desse modo, aqueles que eram pretéritas fontes de amor passam a se distanciar, privando a mulher ainda mais de cuidados e afetos positivos. Não podemos esquecer as gigantescas consequências negativas para a evolução das crianças, que têm um comprometimento maior no desenvolvimento na inteligência, além das habilidades motoras e sociais.

O que fazer?

 

É fundamental fomentar intervenções em saúde mental eficazes no tratamento da condição. Com esse objetivo, é oferecido na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac) o Psicomater, um serviço destinado ao tratamento não somente de mulheres no pós-parto com condições psiquiátricas, mas também das gestantes que sofrem de tais transtornos. Tem equipe composta por profissionais da psiquiatria, psicologia, serviço social, terapia ocupacional e enfermagem. Apenas com intervenções amplas e integradas, tais como a descrita, é possível trazer de volta a exultação da maternagem, missão libertadora que, enfim, as mães poderão abraçar – desta vez, livres da depressão.

 

Para saber mais sobre a depressão em geral, acesse o link e conheça mais sobre esta patologia.

 

No âmbito de consultório privado, Dr. Igor Emanuel é psiquiatra, com atendimento clínico em Fortaleza e expertise em consultas de mulheres com depressão pós-parto.

 

LEIA TAMBÉM:

Depressão na gravidez: um sofrimento esquecido?
Depressão – como identificar e tratar adequadamente?
Tratamento a longo prazo de depressão e ansiedade?

Deixe um comentário