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Depressão – como identificar e tratar adequadamente?

Entendendo a depressão

 

A depressão é uma doença muito comum no dia-a-dia e a sua frequência tem aumentado drasticamente nos últimos anos. Ela afeta milhões de pessoas a cada ano, independentemente da idade, do sexo, da raça, da religião e das condições econômicas e sociais. Um episódio depressivo, se não tratado corretamente, pode durar meses a anos, acarretando consequências graves, como a perda da produtividade no trabalho, isolamento social e dificuldades nos relacionamentos pessoas e familiares.

 

Não é necessária a apresentação de todos os sintomas para caracterizar a depressão. Portanto, é muito importante sempre procurar assistência médica quando for identificar alguns destes sintomas em você e em outras pessoas.

 

Como identificar a depressão?

 

Deve sempre ser feito após uma avaliação psiquiátrica detalhada, como avaliar os fatores desencadeantes ou precipitantes possíveis para a depressão, assim como solicitar exames complementares para avaliar se estes sintomas de depressão podem ser secundários a uma doença clínica.

 

Lembre-se: muitas doenças clínicas mal controladas (como as de tireoide) ou uso de medicações de modo inadequado (como aqueles à base de anfetamina para emagrecer) podem simular sintomas de depressão. A avaliação psiquiátrica detalhada pode ajudar ainda a identificar outros problemas comuns ao paciente com depressão, como os transtornos de ansiedade e uso de bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas.

 

Vale lembrar que depressão não é sinônimo de tristeza, esta um fenômeno emocional normal na vivência humana, enquanto aquela é um transtorno psiquiátrico maior, com suas respectivas alterações neurobiológicas, impactos psicossociais/funcionais, e a necessidade de tratamento correlato. Apenas a partir de uma avaliação psiquiátrica minuciosa é possível a caracterização das vivências afetivas a seguir como fisiológicas, proporcionais a algum estressor, ou psicopatológicas.

 

  1. Humor deprimido ou irritável a maior parte do dia, quase todos os dias;
  2. Perda de interesse ou do prazer por atividades que antes eram agradáveis durante a maior parte do dia, quase todos os dias;
  3. Mudanças súbitas no apetite ou no peso, sem explicação (tanto a redução quanto o ganho de peso);
  4. Mudanças no padrão de sono, sem explicação (insônia ou necessidade de sono aumentada);
  5. Agitação ou prostração (observado pelos outros);
  6. Sensação constante de fadiga ou perda de energia;
  7. Falta de iniciativa;
  8. Sentimentos frequentes de baixa autoestima, de culpa e remorso;
  9. Dificuldade de concentração ou para tomar decisões;
  10. Dificuldade de memória;
  11. Pensamentos frequentes sobre morte ou suicídio.

 

Quais são os tratamentos disponíveis?

 

Mais de 80% dos paciente melhoram com o tratamento adequado. Os principais incluem uso de medicações antidepressivas e a psicoterapia. Diversos estudos mostram que a associação de medicamentos e a psicoterapia trazem maior eficácia ao tratamento.

 

Existem diversas medicações antidepressivas, sendo que as mais modernas são, além de eficazes, seguras e bem toleradas. As classes mais comuns de antidepressivos são os psicofármacos tricíclicos (p.ex.: amitriptilina, nortriptilina e imipramina), os inibidores seletivos da recaptação serotonina (ISRS – p.ex.: fluoxetina, sertralina, paroxetina, citalopram) e os inibidores duais da recaptação de serotonina-noradrenalina (p.ex.:venlafaxina, desvenlafaxina e duloxetina).

 

É importante lembrar que  nenhum antidepressivo causa vício ou dependência, mesmo se usados em doses elevadas e por muito tempo. Qualquer medicação leva algumas semanas para começar a fazer efeito (em geral, duas).

 

Portanto, pacientes e familiares devem ter calma e não desistirem do tratamento enquanto ele não estiver dando efeito. Confira algumas recomendações muito importantes durante o tratamento: seguir as orientações médicas quanto ao uso das medicações; ter uma rotina de horários e atividades; manter hábitos saudáveis de vida; fazer atividades físicas regulares; evitar bebidas alcoólicas e fazer atividades que dão prazer.

 

Por quanto tempo tratar a depressão? A resposta a tal questionamento depende de cada caso, o que confere uma personalização ao tratamento, a depender da gravidade e recorrência de casa sintomatologia. Entretanto, no caso de episódio único tem-se como parâmetro a ilustração a seguir:

 

depressão

 

Caso se identifique com os sintomas de depressão, conheça o trabalho do Dr. Igor Emanuel e marque uma consulta.

 

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Sobre Dr. Igor Emanuel – Psiquiatra

 

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